Encontrava-me na área de serviço do meu apartamento, quando ouvi uma senhora, moradora do prédio, dizer: Levaram as minhas flores, eram lindas! Coloquei a cabeça na janela que dá para a entrada, ela me olhou, e começou a compartilhar da sua surpresa, quanto ao incidente de furto, em plena recepção de um prédio de moradores de classe média, que ao seu ver, obrigatoriamente, deveria ter apenas pessoas de boa índole. Surpreendi-me também. Como as pessoas levam um arranjo de flores, que está trazendo beleza ao hall de sua própria moradia? Em troco de quê? Qual o benefício que aquele objeto decorativo seria útil em alguma residência particular, já que trazia a marca de uma ação reprovável?
Comentei apenas com a amiga moradora, que o mal não está nos ambientes, mas nos corações. O mal encontra-se nas favelas, mas também nos palacetes. Nos lugares fétidos e repulsivos, mas também nos perfumados e atrativos.O mal está na escuridade das trevas, mas também nos ambientes iluminados de luzes coloridas. Nos ambientes feios, e belos também. O mal é uma atitude de coração, que se manifesta através das más ações. Não é questão de aparência, é o que realmente é, e isso é invisível aos olhos. É o ser, a essência, que faz a diferença. Não é a beleza e a sofisticação que nos garantem o bem. Dizem sempre que o homem é produto do meio. Esta teoria será totalmente contestada e reprovada quando no reino milenal de Cristo na terra, todas as condições favoráveis a maldade forem removidas, e estabelecidas todas as condições para se ter uma vida plena, ainda assim, muitos acalentarão em seus corações a maldade, e se rebelarão contra o Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
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